sexta-feira, 6 de julho de 2012

João da Costa diz que não vai deixar o PT

 
Um dia antes da data prevista para anunciar o seu posicionamento em relação à disputa eleitoral no Recife, o prefeito João da Costa (PT) resolveu dar uma pista: ele não vai se desfiliar da legenda e, tampouco, pedir licença. A decisão aponta para a possibilidade de o petista apoiar o colega de partido, Humberto Costa, escolhido pela executiva nacional para a disputa na capital. Mas isso não sem um certo desconforto. O prefeito era um dos pré-candidatos à sucessão petista, mas foi rifado pelo partido apesar de ter vencido as prévias contra Maurício Rands, que anunciou ontem a sua desfiliação da sigla e a renúncia do cargo de deputado federal.

Hoje pela manhã, durante o lançamento do novo ciclo do Orçamento Participativo (OP), João da Costa se esforçou para manter o otimismo em relação à administração municipal. Com tom irônico, disse que pretendia continuar fazendo parte do programa criado e mantido pelo PT nos últimos 12 anos. Sem constrangimento, ele falou que gostaria de atuar como delegado do OP. "Só não serei se o futuro prefeito não o deixar", pontuou.

Em relação a Maurício Rands, João da Costa se mostrou solidário, dizendo entender a decisão do ex-colega de partido. Fazendo uso de um tom nada saudosista, ele lembrou o desgastante processo de prévias do partido, quando teve embates duros com o agora ex-petista. O prefeito, mesmo dizendo entender os motivos que levaram Rands a deixar a sigla, garantiu que não fará o mesmo por acreditar no partido, apesar de ter sido rifado da disputa pela direção nacional da sigla. "Os dirigentes mudam", alfinetou

Ainda durante a coletiva, o prefeito se mostrou animado e lembrou que aquele não era um momento de despedida. "Tem gente que acha que o que está acontecendo é uma despedida. Isso é apenas um começo da luta. Nós só vamos nos despedir no dia 31. Até lá sou o prefeito da cidade do Recife", lembrou. Segundo ele, o novo ciclo da OP é uma prova do que está acontecendo e por isso, tem que ser o maior e mais forte.

Durante a solenidade foram apresentados dados de obras, gastos e investimentos do Orçamento Participativo do ano passado e os delegados e gestores do programa fizeram elogios ao trabalho desenvolvido e se mostraram solidários à gestão. O vereador Osmar Ricardo lamentou a já certa saída do gestor comentando "Hoje já não existe mais frente popular. Ela foi desfeita".

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