segunda-feira, 23 de julho de 2012

Damázio diz que paralisação é injustificável e que pontos dos grevistas serão cortados

A movimentação nas delegacias de plantão, que realizam apenas flagrantes, foi tranquila no início da manhã desta segunda-feira (23), primeiro dia da greve dos policiais civis de Pernambuco. Nesses locais, faixas alertam a população sobre o estado de paralisação dos serviços e informativos são distribuídos. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), a mobilização da classe superou as expectativas, tendo alto índice de aceitação.
Segundo a categoria, a paralisação não tem previsão de término, já que o Estado se mostra relutante em negociar com os grevistas e os profissionais demonstram não ceder os pontos da pauta de reivindicações. “Tentamos negociação há cinco meses, mas o governo não demonstrou nenhum interesse em negociar. Até agora, não há nada agendado, não há perspectiva nenhuma, mas vamos ficar firmes para conseguir um salário digno e respeitoso à classe”, aponta o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho.
Em entrevista concedida à reportagem, o secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS), Wilson Damázio, deixou claro que não vai haver negociação com a categoria enquanto estiver em greve. Disse ainda que os que não forem trabalhar terão os pontos cortados. O governo informou que foi firmado um acordo com a categoria no ano passado, que previam reajustes até 2014. Este ano, o aumento seria de 8,4%; em 2013, 8,14% e 14,55% em 2014. O secretário ressaltou ainda que desde 2007 foi concedido, gradualmente, um aumento de 100% no salário dos servidores e que a greve por isso é injustificável.
Em nota divilgada no começo desta tarde, a Polícia Civil informou que todos os agentes e escrivães que possuam funções gratificadas e recebam incentivos de o Programa de Jornada Extra (PJE) serão designados para realizarem os registros das ocorrências nas unidades polícias que aderiram à greve.
Ainda segundo a PC, a medida foi tomada com o intuito de evitar que ocorrências policiais deixem de ser registradas. Também vai haver reforço nos efetivos dos plantões do complexo de Siqueira Campos, no Centro do Recife, e nas Delegacias de Boa Viagem e Olinda. 

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