quarta-feira, 4 de julho de 2012

LIBERTADORES

Corinthians e Boca em final emocionante

Depois de muita espera, Corinthians pode conquistar, hoje, o inédito título da Libertadores



Miguel Schincariol/AE
Goleiro Cássio é um dos símbolos do grupo operário que vai enfrentar o Boca Juniors
Quase nenhum dos 5.317 jogos já disputados pelo Corinthians em seus quase 102 anos de história será tão importante como o desta quarta-feira (04), às 21h50, contra o Boca Juniors, no Pacaembu. Depois de tantas tentativas, os corintianos nunca estiveram tão perto de alcançar o céu. Nunca estiveram tão próximos de se livrar das provocações dos rivais, chegar ao topo da América, bater no peito e gritar em alto e bom som: “Eu sou campeão da Libertadores!”
Faltam apenas 90 minutos - ou mais, se o duelo for para prorrogação e disputa por pênaltis. Um gol. Uma vitória simples, um mísero 1x0 (como tantos outros que marcaram esse aguerrido time de Tite) será o suficiente para o clube alvinegro conquistar o título mais importante da sua história, o mais desejado pelo seu fanático torcedor.
A confiança é enorme não só pelo fato de a equipe - formada apenas por operários - ter chegado a um patamar que nenhum outro time na história do clube (mesmo cheio de craques) conseguiu atingir. Tudo parece estar conspirando a favor do Corinthians neste ano. Basta lembrar que a caminhada da equipe começou com um empate por 1x1 diante do Deportivo Táchira, na Venezuela, garantido apenas nos acréscimos com um gol de cabeça do volante Ralf.
Depois veio o “surgimento” de Cássio na oitavas de final contra o Emelec. O time que tinha um goleiro nada confiável (Júlio César) passou a contar com a segurança do grandalhão de 1,95 metro. Foi ele, inclusive, um dos principais responsáveis pela eliminação do Vasco nas quartas de final ao defender um chute cara a cara de Diego Souza - no finzinho, Paulinho, de cabeça, garantiu a vaga.
Veio as semifinais e, mais uma vez, o Corinthians mostrou que estava iluminado. Na Vila Belmiro, Emerson acertou um chute de rara felicidade e a defesa conseguiu brecar o atual campeão Santos e Neymar. No Pacaembu, o craque santista furou o paredão corintiano (foi o primeiro e único gol que a equipe sofreu jogando em casa), mas aí brilhou a estrela de Danilo e o empate por 1x1 colocou o time em sua primeira final da Libertadores.
A maior prova de que tudo parecia estar a favor do time veio em plena La Bombonera, no primeiro jogo da decisão contra o Boca Juniors. O jogo caminhava para o fim e os argentinos venciam por 1x0, quando Tite resolveu renovar o fôlego do ataque trocando um cansado Danilo por um inspirado Romarinho. E na primeira bola que recebeu, o garoto de 21 anos virou o novo xodó da Fiel.
Aquele empate facilitou, e muito, a vida do Corinthians para a partida de hoje. Mesmo com a ótima fase de Romarinho, ele ficará na reserva. Recuperado de lesão, Jorge Henrique está mantido entre os titulares. Novo empate hoje leva a decisão para a prorrogação. Se a igualdade persistir, o campeão será conhecido nos pênaltis. No treino de ontem, o aproveitamento foi ótimo: de 39 cobranças, os titulares acertam 33.
EXPERIÊNCIA
Se no Corinthians a motivação é enorme, o Boca Juniors também está confiante. O time aposta no seu ótimo histórico na Libertadores para levantar a taça. Esta é a décima final do clube, campeão seis vezes. Se ganhar esse ano, se igualará ao Independiente como maior vencedor da competição continental.

0 comentários:

Postar um comentário