sexta-feira, 13 de julho de 2012

PSB Diz: "Recife cansou do debate do PT"

Cobrado por aliados petistas sobre o seu posicionamento nas eleições municipais de lançar um candidato próprio ao invés de apoiar a legenda aliada, o governador Eduardo Campos (PSB) desabafou que tem a sensação de ter tomado o rumo correto ao lançar a candidatura do ex-secretário Geraldo Julio (PSB). No palanque de ato de apoio ao correligionário, no Paço Alfândega, ontem, o gestor fez questão de ressaltar que teve “paciência” ao esperar o desfecho do imbróglio petista para definir sua candidatura, mas que foi convocado pelos partidos da base governista, que não queriam marchar com o PT. Segundo o presidente nacional do PSB, a cidade estava “cansada” do debate petista e que as discussões “cansaram os ouvidos da população”.
“Como presidente nacional de um partido e governador, eu poderia ter optado por seguir o caminho mais fácil (apoiar o PT). Eu poderia optar por não me envolver nesse debate. Mas eu cheguei aqui, eu não fiquei em cima do muro. Eu decidi que não podia ficar em cima do muro, mas me envolver. E aqui estamos, construindo a unidade de 14 partidos com esta candidatura”, bradou.
Em cima de um palanque pluripartidário que reuniu legendas de diversas ideologias, o governador reconheceu os feitos dos gestores que passaram pela Prefeitura, mas defendeu que a Capital ainda precisa avançar no ritmo do Estado. Para isso, Campos propagou o modelo de gestão socialista, mote utilizado constantemente nas campanhas do partido.
A reabertura do debate nas hostes petistas sobre a possibilidade do partido entregar os cargos que ocupa na gestão recifense repercutiu entre as lideranças socialistas. O governador Eduardo Campos defendeu que debate municipal não deve contaminar as relações entre as siglas no âmbito estadual e federal. “Já falei sobre isso e mantenho minha opinião. O importante agora é debater o Recife. Deixei bem claro minha posição de que as questões municipais não devem contaminar as relações políticas da gestão do Estado e do Governo Federal. Pelo contrário, devemos permanecer unidos”, conclamou.
O discurso mais áspero ficou por conta do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, que rebateu a declaração do candidato à Prefeitura do Recife, Humberto Costa (PT), questionando se os socialistas não estavam “incomodados” em integrar a administração municipal e federal. O dirigente respondeu que o que incomodou a sua legenda foram as disputas internas dos petistas. Para Sileno, a crise do PT não afetou somente o PSB, mas a própria Cidade. “Não tem nada incomodando o PSB. A única coisa que incomoda o PSB é a divisão interna do PT, que causou o que causou”, reclamou. Sileno ainda ressaltou que os socialistas sempre ofereceram apoio ao governo do PT, independente de cargos.

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