sexta-feira, 13 de julho de 2012

Polícia fala sobre caso de criança assassinada em ritual macabro

Quatro suspeitos foram presos e mandante do ritual já foi identificado. Entrevista coletiva acontece esta manhã


O delegado Antônio Dutra, da Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, fala esta manhã sobre o assassinato do menino Flânio da Silva Macedo, de nove anos, que foi decapitado durante um ritual religioso na zona rural de São Domingos, distrito do Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco. A entrevista coletiva acontece esta manhã na sede da Delegacia Regional de Caruaru.
Quatro suspeitos já foram presos: Ednaldo Justo dos Santos, o Pai Nau, de 33 anos; Edilson da Costa, conhecido como pai Deni, de 31 e Genival Rafael Costa, o Pai Veio, de 63 anos; além da  companheira dele Mara Edileuza Silva, de 51 anos. Uma quinta pessoa envolvida no assassinato do menino Flânio da Silva Macedo, de nove anos, está sendo procurada pela polícia e pode ser indiciada como mandante do crime. Segunda a polícia, o mandante do crime já foi identificado, mas não localizado.
Ainda segundo o delegado, todos serão indiciados por homicídio triplamente qualificado,  ocultação de cadáver, crime hediondo e formação de quadrilha.
O menino de apenas nove anos foi encontrado com mãos e pés amarrados, calça abaixada e cabeça decepada, ladeado por garrafas de bebidas, velas e bonecos de vodu. Desaparecido desde o dia 1º, ele foi localizado em uma estrada no Sítio Olho D'Água. 
A população está revoltada e ameaça linchar os suspeitos. A Secretaria de Defesa Social (SDS) reforçou a segurança nas cidades para tentar amenizar a fúria dos moradores. Cerca de três mil pessoas se reuniram para exigir punição aos culpados. Foram enviados dois helicópteros da SDS para a cidade. Houve reforço ainda de equipes da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga (Ciosac), Grupo de Ações Táticas Itinerantes (Gati), Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) e da Tropa de Choque.
Apesar do aparato policial, ontem sete terreiros de umbanda e um centro doutrinário espiritualista foram invadidos e saqueados por populares em São Domingos, no Brejo da Madre de Deus e em Santa Cruz do Capibaribe. Na última cidade, até mesmo um Vale do Amanhecer, centro de doutrina espiritualista cristã, foi alvo da ira da população. Um funcionário do local, que preferiu não se identificar, chegou a ser agredido pelos populares. O centro só não foi incendiado porque policiais militares conseguiram impedir os manifestantes.

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