sexta-feira, 6 de julho de 2012

PARALISAÇÃO


Greve da Polícia Civil não está descartada

Porém, Governo apresentará um pacote de benefícios para as PC, PM e CB

06/07/2012 07:32 - EDWARD PENA - da Folha de Pernambuco

Peu Ricardo
Categoria se reuniu em assembleia com intuito de mobilizar a corporação
Após várias negociações entre os policiais civis e o Governo do Estado, a possibilidade de greve se torna cada vez mais concreta. A categoria se reuniu, nesta quinta-feira (05), no Sindicato dos Policias Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), no bairro de Santo Amaro, no Recife, para discutir o edital que será publicado em breve, com o intuito de mobilizar a classe e convocá-la para uma nova assembleia onde a data do início da paralisação será definida. A decisão, segundo o presidente do Sinpol-PE, Cláudio Marinho, visa mostrar a força que a categoria exerce no combate à criminalidade.
“O sindicato convocou a categoria para confirmar que entraremos em greve. No entanto, precisamos obedecer à lei de greve 7783/89, que exige que seja feita uma publicação de edital em veículo de grande circulação, convocando a classe para determinar a data da paralisação. Em seguida, outro edital deve ser publicado informando à população a data definida e garantindo que 30% dos serviços essenciais estarão à disposição da sociedade”, explicou Cláudio Marinho.
Para o presidente do Sinpol-PE, as propostas do Governo não valorizam a categoria, que exige equiparação salarial ao segundo maior piso do País, que é do estado de Sergipe. “Estamos no 20º lugar do ranking nacional. Em Sergipe, um policial iniciante recebe R$ 4,5 mil. Aqui, em Pernambuco, para alcançar este valor, o servidor tem que trabalhar 30 anos”, acrescentou.
Entre as reivindicações estão a re-estruturação do Plano de Cargos e Carreiras, a contratação de pessoal e a melhoria nas condições de trabalho. “Queremos a unificação do plano, porque hoje temos três: um para os médicos e peritos; outro para os delegados e o dos agentes. Pleiteamos transformar isso tudo em um só. Além disso, precisamos de efetivo. Temos apenas 50 legistas para dar conta de todo o Estado. O Governo prometeu contratar mais 50 e até agora nada”, destacou o gestor.
O sindicato também denuncia que as delegacias distribuídas por Pernambuco estão em situação precária. São alojamentos inadequados e celas inapropriadas. Financeiramente, a entidade solicita a substituição do Programa de Jornadas Extras (PJEs) pelo pagamento de horas extras e, ainda, o pagamento de adicional noturno e vale refeição.
Procurada pela reportagem da Folha de Pernambuco, a Secretaria de Defesa Social (SDS) rebateu os fatos. Conforme a assessoria de Imprensa da pasta, a negociação salarial para os servidores da Secretaria já foi encerrada e o reajuste determinado. Ainda segundo a assessoria do órgão, o governo estadual apresentará, hoje, um pacote de benefícios para as polícias Civil e Militar e para os bombeiros. Entre os benefícios estão o aumento das gratificações, a criação de novas gratificações e de outras estruturas operacionais. A SDS revelou ainda que cerca de R$ 25 milhões serão investidos na re-estruturação das corporações.

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