quinta-feira, 12 de julho de 2012

Menino de 9 anos foi morto em ritual macabro

Quatro dos cinco suspeitos de decapitar a criança foram presos

12/07/2012 06:46 - RENATA COUTINHO, da Folha de Pernambuco

Reprodução/TV Globo
Corpo de Flanio (det.) foi achado em Brejo da Madre de Deus
 Os cinco suspeitos do assassinato brutal do menino Flanio da Silva Macedo, de 9 anos, foram identificados pela polícia nesta quarta-feira (11). Até o início da manhã desta quinta-feira (12), quatro deles haviam sido presos pela Polícia. Genival Rafael da Costa, de 63 anos, a mulher dele Maria Edileusa Silva, de 51 anos, Ednaldo Justos dos Santos, de 33 anos, conhecido como “Pai Val”, e Edilson da Costa Silva, vulgo Deni, de 31 anos, foram presos em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus, no Agreste do Estado. Todos têm envolvimento com magia negra e, os homens são pais-de-santo. A polícia já tem o nome do quin­to suspeito, que também seria ligado à religião oculta e que seria o mandante do crime, mas não divulgou o nome para não atrapalhar as investigações.
Com a prisão dos suspeitos, a Polícia Civil pôde conhecer a trama maquiavélica que terminou com a morte do garoto. Segundo o delegado do Núcleo de CVLI da 17ª Delegacia Seccional de Santa Cruz do Capibaribe, Antonio Dutra, a mulher foi quem entregou todo o esquema da contratação para o ritual. “De acordo com ela, o contratante iria pagar R$ 1,5 mil pelo serviço. Ela e o marido ficariam com R$ 400. Ainda estamos checando essa informação de pagamento”, contou. O montante pagaria o trabalho “ritual de retorno”, que é uma oferenda ao diabo, geralmente era feita com animais, segundo a suspeita. O menino teria sido escolhido aleatoriamente. O delegado comentou ainda que Maria Edileusa Silva confirmou que a criança foi abusada sexualmente pelos quatro homens durante o ritual. Outro fato destacado pelo delegado é que a vítima teria implorado a Deus para não ser morta durante os minutos de tortura que sofreu.
As informações repassadas pela mulher foram contundentes ainda sobre como o menino teve a cabeça decepada. “Ela disse que um dos ritos desse ritual é fazer um torniquete na cabeça e ir torcendo até separá-la do pescoço. Essa descrição bate com a lesão que encontramos no corpo. Um trauma irregular e que apresentava um pedaço de madeira”, comentou Dutra. O delegado estava em um local não informado ouvindo os suspeitos em busca do mandante do crime brutal. Antonio Dutra espera concluir o caso em breve e já tem alguns indiciamentos. “Ainda é cedo, mas eles devem responder pelo menos por formação de quadrilha, homicídio qualificado, violência sexual e crime hediondo”, frisou.

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